Por Priscilla Rios
Fora os conhecidos, tem os bastardos que a gente nem imagina. Conversando com uma amiga refleti o seguinte... (deixe o mel ao lado para adoçar a boca no final, porque ou você vai ficar com a língua amarga ou com a pulga atrás da orelha.. e se ficar, espero que pulga goste de mel)...
Até que ponto as pessoas são o que achamos que são? Diariamente rotulamos pessoas em boas e ruins a partir da leitura de suas características. A resposta é uma via de mão dupla, afinal assim como a pessoa pode nos manipular mostrando apenas as características que lhe convir, também somos nós auto-manipuláveis ao enxergar apenas o que queremos em uma pessoa, ainda que ela tenha atitudes suspeitas ou contraditórias.
Prontas para dar o bote, esses seres abomináveis das neves distribuem sorrisos meigos, fala mansa, apertos de mão forte e rugas de seriedade. Longe dos holofotes da verdade eles armam arapucas, intrigas, colocam amigos contra amigos, pais contra filhos e filhos contra pais. Nada sobra. Os bastardos inglórios estão a solta destruindo lares, confianças, empresas, amizades e famílias. Sujeitos bem apessoados que dizem o que você quer ouvir, e se acharem que vale a pena chegam a construir uma história de vida contigo - ainda que leve décadas -, se no final puder sacar o grande prêmio. Ganhar de você na loteria.
Seduzido, você pode até casar de papel passado com a ideia da pessoa. Anos depois quando ela se rebelar perde as calças, o dinheiro, a confiança, a auto-estima, os negócios talvez, e a noção de em quem confiar. Ficamos com as sobras de nós mesmos. Em trapos e em frangalhos.
Depois de calejados com as tramoias desses bastardos, fica o calo em forma de prejuízo físico e emocional e a lição curta e grossa. Até o ponto final dessa história você deve estar mais amarga e mais contida, mas está mais forte. Toda a merda serviu para adubar a terra, e ainda será possível colher flores na vida.(E vejo flores em você...)