Ilustração: Fred Blunt
Priscilla Rios
Uma amiga fono soube por um neuro que nós perdemos 50 mil neurônios por dia. ¿Perdemos acredita? Viram pó! E o pior, não nascem outros depois... a gente não renova o estoque.
Fiquei me sentindo literalmente 50 mil vezes mais burra ou quem sabe, o certo seria 50 mil vezes mais lenta. Como ela mesma disse, o negócio é que com os anos fica mais difícil juntar o “lé” com o “cré”. Um neurônio grita e o outro está tão longe que não escuta e isso acontece no exato momento em que alguém resolve te cumprimentar na rua e você não lembra de onde a conhece e menos ainda, o nome da pessoa. Fica lá meia hora conversando e fingindo entender tudo o que ela está te falando, enquanto tenta desesperadamente lembrar!! Outro momento oportuno é quando você resolve contar sua melhor piada e esquece o final, todo mundo fica te olhando com cara de tacho e você fica lá - como é que era mesmo????.....???? - e consegue estragar a única boa que ficou arquivada.
No final sobram lembranças vagas e isoladas do tempo, e, se não me falhe a memória, na última gaveta à esquerda, um punhado de sapequices em preto e branco, obras primas da infância. Aquelas que a gente recorda com suspiros, e toda vez que conta aumenta um pouquinho pra ficar mais poético.O que conforta é que com o tic tac do relógio a cabeça fica oca, mas o coração termina cheinho. Só não vale perder a cabeça por qualquer motivo senão não tem coração que aguente.
Fiquei me sentindo literalmente 50 mil vezes mais burra ou quem sabe, o certo seria 50 mil vezes mais lenta. Como ela mesma disse, o negócio é que com os anos fica mais difícil juntar o “lé” com o “cré”. Um neurônio grita e o outro está tão longe que não escuta e isso acontece no exato momento em que alguém resolve te cumprimentar na rua e você não lembra de onde a conhece e menos ainda, o nome da pessoa. Fica lá meia hora conversando e fingindo entender tudo o que ela está te falando, enquanto tenta desesperadamente lembrar!! Outro momento oportuno é quando você resolve contar sua melhor piada e esquece o final, todo mundo fica te olhando com cara de tacho e você fica lá - como é que era mesmo????.....???? - e consegue estragar a única boa que ficou arquivada.
No final sobram lembranças vagas e isoladas do tempo, e, se não me falhe a memória, na última gaveta à esquerda, um punhado de sapequices em preto e branco, obras primas da infância. Aquelas que a gente recorda com suspiros, e toda vez que conta aumenta um pouquinho pra ficar mais poético.O que conforta é que com o tic tac do relógio a cabeça fica oca, mas o coração termina cheinho. Só não vale perder a cabeça por qualquer motivo senão não tem coração que aguente.
Um comentário:
Pri, adorei seu blog. Parabéns!
Sempre que puder darei uma passadinha.
Quanto aos neurônios, perdemos, mas podemos fazer exercícios para a comunicação entre os que ficam, FELIZMENTE.
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