sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Expressivas saiu na Revista A Gente!

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tudo na cabeça e nada pra vestir


Por Priscilla Rios
Escancara o guardaroupa sem hífen e com as roupas batidas de sempre e não acha nada. Corre de um lado pro outro tentando conectar calças, blusas, meias e penteados. Pensa em quem vai estar lá. Quem não vai. Se está chique demais ou de menos. Para de frente, de lado e de costas pro espelho. Daí nota aquela gordurinha localizada. Murcha a barriga na hora. Lembra da academia que prometeu começar 1 século e meio atrás. Totalmente contrariada com a barriga, troca de roupa... pela terceira vez. Daí também tem que trocar o sapato. Tudo era tão mais fácil quando a mãe nos vestia com conjuntinhos. Tem que pensar nos acessórios. Nada combina. A dúvida que não quer calar: troca de roupa pra usar um acessório que combina ou vai pelada usando apenas aquela pulseira baiana que comprou há décadas e nunca achou nem roupa nem oportunidade decente? Prende o cabelo, passa batom + blush. Tudo ao som de sonoras reclamações do tipo: estamos atrasados + olha a hora + to te esperando no carro. No caminho de pegar a bolsa dá mais uma olhadinha no espelho. Esqueceu o brinco, o cabelo preso ficou estranho e a bolsa não combina. Procura outra bolsa (rápido!). Tira tudo de dentro de uma e põe na outra o mais rápido que pode. Agora a sinfonia tem melodia: a buzina do carro. Fecha a bolsa correndo, se livra da presilha no caminho, deixa cair a tarraxinha do brinco na pressa (leia-se: lei de Murphy). Agacha-se pra pegar a tarraxinha e lá vem mais buzina. Pensa: “@pUtZ#... agora vai assim mesmo”. Entra no carro sem olhar pra trás. Sem brinco, sem tarraxa, sem chave, sem celular... com uma mão na frente e outra atrás, só com a roupa do corpo.

sábado, 11 de julho de 2009

O homem genérico

Por Priscilla Rios
Uma amiga chorou quatro horas porque o homem genérico está em falta nas prateleiras (quem tem não empresta, não vende e não usa que é pra não gastar). Eles devem ter entrado em promoção e praticamente esgotado. Quando encontra um com todas as qualidades (que preenchem seus sonhos de consumo) detalhadas na bula, você nem acredita e espalha por aí o seu achado. Se tivesse dois levava dois por precaução.
Parece negócio da China, mas esse homem dos sonhos custa caro.
Isso porque o ser humano é complicado. Afinal ser “humano” ainda é recente. Viajando um pouco mais na História, inclusive o termo “pessoa” não significava em princípio ser humano. “Persona significava a máscara usada pelos atores para tornar a voz vibrante e sonora. Depois a palavra passou a indicar o ator mascarado ou o personagem por ele representado. (...) Só mais tarde o vocábulo foi empregado para designar o homem em sentido genérico.”. (Alberto do Amaral Jr)
Se caiu a máscara eu não sei, mas está difícil achar o genérico nas rodinhas sociais. Ou eles aprenderam a atuar agora ou representavam muito melhor no passado... ai se a gente pudesse voltar no tempo... só ia ter hipocondríaco nesse mundo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Uma viagem ao Simple Past


Por Priscilla Rios
A gente nunca vê a própria vida com olhos distantes, com olhos de fora. Estamos sempre mergulhados demais na nossa realidade pra enxergar. Mas quando o relacionamento emperra ou vira pó tem sempre dois caminhos inevitáveis: primeiro culpar o outro e quando os anos passam, culpar a si mesmo. Quem dera tudo o que ficou pra trás fosse como em Inglês, “Simple Past”. Em alguns relacionamentos desencane, você nunca vai saber exatamente onde errou... O que disse, o que fez, o que vestiu ou tudo isso junto. Em outros, você tem uma leve desconfiança, mas vai ser difícil admitir que foi “só por isso!”. Somente quando a estação traz novos ares a gente consegue respirar o passado com a despreocupação que ele merece. Alguns levam décadas, alguns nunca entendem e outros nunca esquecem.
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Não perca tempo fantasiando um final diferente. A vida não é feita de um único capítulo. Antes de embarcar numa nova aventura, seja ela corriqueira ou duradoura, vire definitivamente a página. Não tenha medo nem preguiça de começar tudo de novo, apenas se dedique a fazer dar certo. Separe um tempinho pra fazer planos ouvindo música. Viaje. E quando estiver aberta ao futuro não se preocupe com os modos (pessoais ou verbais) apenas busque afinidades. Lembre-se: o primeiro sinal de afinidade é o fato dos dois freqüentarem os mesmos lugares. Então apenas freqüente os lugares que você mais gosta... “aquele” barzinho, a casa dos amigos, cinema, show... quando estiver sendo totalmente você vai ser mais fácil esbarrar por aí no protagonista da sua história e dar um “start” no seu “Future Progressive”.