Por Priscilla Rios
Como é duro dar o braço a torcer. Admitir, engolir seco e voltar atrás. Nada parece ser como antes, o cristal já rachou, a mágoa praticamente criou raízes, mas entre o pensar e o balbuciar há um abismo tão grande que quase perde o sentido tocar na ferida.
O certo e o errado perdem a razão, a inocência de antes ganha ares devassos e todas as palavras soam com duplo sentido.
Se a culpa é um fardo duro de carregar, o orgulho é um fardo levado a sério demais pra ser deixado de lado. Tudo pesa em dobro na balança e deixa duplamente dividido.
Ai ai.. se a gente tivesse o dom de simplificar as coisas. Mas basicamente - assim como é mais fácil fazer o errado - complicar sempre parece mais simples. É com essa ilusão de simplicidade que a gente vive quebrando a cachola, tentando desentortar pau que nasce torto... atando e desatando nós como quem resolve aprender crochê da noite para o dia, sem saber exatamente o quê estamos construindo ou destruindo.
4 comentários:
Deixar pra trás só me parece uma boa opção quando todas as outras já foram tentadas. Entre o coração e o orgulho ferido, prefiro a segunda opção. Espero ter ajudado em alguma coisa...
Pri, já puxei a "orgulho ferido, mágoa...são obstáculos ao diálogo. Acredito no diálogo quando se quer bem, ele pode curar feridas."
Bjs
Ana Faride
Vim retribuir as suas visitas tão simpáticas e adorei o que vi!
Bom, orgulhosamente falando, vale a pena cair do salto de vez em quando; mesmo quando ele parece um Grand Canyon.
Parabéns pelo blog!
Bjo!
Dar o braço a torcer, sufocar o orgulho, só vale a pena por um bom motivo. bju pri (eu tenho um bom motivo...risos)
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