Por Priscilla Rios
Por um mês fui cidadã de Braga, Portugal. Deixei minhas lentes de aumento em casa para não ver além da sua cotidiana espetacularidade, porém fiz questão de trazer meus olhos de turista. São olhos nem um pouco viciados na paisagem, com o dom natural de enxergar no comum o incomum e, na simplicidade tão costumeira "por cá", as delícias do dia a dia.
Na primeira impressão, construi pontes com o português do Velho Mundo. Em meu novo vocabulário 'banheiro' agora é 'casa de banho', 'pregador de roupa' são 'molas', 'geladeira' é 'frigorífico', 'açougue' é 'talho', 'conta' é 'fatura', 'calouro' é 'caloiro', 'aluguel' 'aluguer', como também 'aluga-se' é 'arrenda-se'. As semelhanças me dão confiança para explorar as 'n' possibilidades e ao mesmo tempo me ensinam na vivência como ainda há um mundo inteiro por descobrir.
Nessas andanças a que me proponho tenho carregado comigo minha maior riqueza, o mascote da família que cruzou o continente pela primeira vez aos 6 meses de vida. E com a mesma surpresa com que ele olha as lindas flores que enfeitam nossa mesa de jantar, eu encaro as janelas, sacadas e as antigas portas das ruelas estreitas de Braga - a mais antiga cidade portuguesa. O velho para mim é novo. Tão novo quanto o mundo o é para meu filho. Estamos em uma jornada de autodescobrimento. É claro, nem sempre gostamos do que descobrimos, mas temos a oportunidade única de tirar uma lição desse momento, desse tempo só nosso em que nos permitimos ser o que quisermos. No último mês fui mãe por dentro e nômade por fora. Os caminhos que percorri registro no site www.proximasferias.com.br. Acompanhe por lá todas as dicas, inspirações e os luxos desse passeio despretensioso e cheio de luso-descobertas.
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