quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O fatídico desmame

O desmame já foi objeto de estudo em 1950, com a teoria "do desastre primeiro" explicando o trauma e a primeira grande frustação da criança, parar de mamar no peito. Para muitas mães também não é fácil admitir que o leite acabou ou que a criança cresceu, ou que terá que voltar a trabalhar e que por isso, mesmo tendo leite e estocando boa parte no freezer, terá que praticar o desmamamento.
O interrompimento deste ato supremo de amor, "dar de mamá", não significa um amor menor, de jeito nenhum! Nem pense nisso! Mas se não bastasse esses conflitos internos, ainda vem dúvidas ainda mais persistentes, por exemplo, como fazer o desmame de forma mais gradual ou menos sofrível? Qual o tempo certo para o bebê?
Pode-se ir diminuindo gradativamente, dar uma mamadeira ou copinho após o almoço e manter as mamadas da manhã e da noite, na hora de dormir, por enquanto. Aliás prepare-se, você também psicologicamente para o desmame, porque este não deve ser feito do dia para a noite. De acordo com o livro "Mil dicas para entende seus filhos de 0 a 7 anos", de Harry Ifergan e Ricca Etienne, se feito abruptamente pode causar na criança choro ininterrupto, distúrbios do sono, recusa da mamadeira e até depressão, nos casos mais extremos.
Mas quando desmamar?
De acordo com Tracy Hoggs no livro "Encantadora de Bebês", leitura que eu recomendo a todos, mamães e papais, bem o bebê está pronto para desmamar se:
1 - estiver com 5 ou 6 meses de idade (acho particularmente que quanto peito você puder dar melhor, mas se TIVER que desmamar o ideal é pelo menos 6 meses quando o risco de alergias começa a diminuir. De acordo com o livro, estima-se que entre 5% e 8% das crianças menores de 3 anos tenham alergias alimentares legítimas. Os prováveis culpados são frutas cítricas, claras de ovos, leite de vaca, trigo, castanhas como nozes e castanha do pará, marisco, peixes. Não quer dizer que você não deva introduzir esses alimentos, mas quando introduzir dê primeira vez em pequena quantidade e espere 15 minutos antes de dar todo o alimento. Assim descobrirá se seu filho tem ou não alergia e não vai precisar correr para o hospital como eu, que tive que correr com meu filho a primeira vez que comeu banana prata, teve choque anafilático por conta de 5 colheradas pequenas. Pois é! Banana, quem dirira! Bem, mas alergia é um outro tópico. Voltando à amamentação...);
2 -  Ele/ela parece faminto (a) durante o dia ou acorda no meio da noite para mamar (seu leite pode não estar mais sendo suficiente, mesmo ele já almoçando e jantando)
3 - Ele demonstra interesse pelo alimento que você está consumindo (ele observa você atentamente e com a boca aberta estica a mão para pedir para provar. Em um capítulo a parte neste blog falarei sobre a maneira gradual de apresentar os alimentos ao seu filho.)

Retirei ainda do site Bebê Abril os seguintes parágrafos:

Que tipo de leite devo dar no lugar do leite materno?
O leite materno pode continuar sendo oferecido no copinho ou na mamadeira. As alternativas são as fórmulas especiais em pó, que hoje em dia são semelhantes ao leite materno, enriquecidas com vitaminas e de fácil digestão para o organismo infantil. O pediatra pode indicar qual a melhor marca. Um bebê com menos de 1 ano jamais pode ser alimentado com o leite de vaca, mais difícil de digerir e com grande risco de causar alergias.

Estou desmamando e meu filho está muito irritado. Por que isso acontece?
O bebê pode ficar irritado durante o desmame, pois sai de uma situação conhecida e confortável (o peito da mãe) para outras que não conhece e que são um desafio: a mamadeira, o copinho, as papinhas. Até descobrir que essa troca é prazerosa, ele pode chorar, ficar manhoso e requisitar mais a mãe. Afinal, o desmame nada mais é do que um desligamento. 

Bem é isso! Podemos voltar a esse tópico se tiverem mais dúvidas!


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