Por Priscilla Rios
A minha vida está no sétimo mês, evoluindo aos poucos e rapidamente, assim mesmo contraditoriamente. Tenho construído pontes entre o egoísmo e a bondade, usado o atalho dos extremos com mais frequência do que costumo. Meu ponto de equilíbrio físico e emocional mudou eu diria uns 30cm, o tamanho do meu neném. Essas turbulências e calmarias, inquietudes e quietudes, loucura e tranquilidade plenas tem me feito sentir viva nesses 7 meses. Até porque contraditoriamente falando (tenho usado muito essa palavra ultimamente) acho que no auge da minha frenética vida emocional cheguei a conclusão que perdi o direito físico de morrer. O clichê “alguém depende de mim” virou realidade. E essa realidade me chuta literalmente, de manhã – tarde – noite, para um mundo de sonhos, onde fico fantasiando momentos que quero compartilhar com meu filho. E antes mesmo dele nascer noto que ganhei um franzir de testa. Movimento involuntário que normalmente aparece quando reflito sobre questões cruciais entre um xixi e outro. E assim como quem acha que pode resumir sete meses em um dia e em pouco mais de 15 linhas eu encerro esse texto. Coisa típica de mãe de primeira viagem, pensar que pode tudo – pelo meu filho agora vou bater no peito e encarar o mundo se preciso for – mas ao mesmo tempo continuar subindo numa cadeira toda vez que vê uma barata. E para não dar o gostinho doce da última palavra desse texto a barata, encerro com força motriz. Afinal a gente não pode parar.
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