Dias desses ouví a seguinte analogia: quando você nasce, você chora e o mundo está feliz; quando você morre, o mundo chora e você está feliz. Será verdade que a morte é um alento? A pergunta que não quis calar durante séculos, não será respondida agora, por mim, em poucas linhas. Apesar da morte parecer o fim de todos os problemas para muitas pessoas, acho que o anda faltando no dia-a-dia é um pouco de profundidade na vida. Só assim, talvez, as pessoas parariam de procurar soluções na morte.
Falta gente agindo como gente e não como máquina (isso me lembra aqueles atendentes que ligam em casa na hora do almoço).
Faltam crianças correndo nos parques, brincando com bolinhas de gude, carrinhos, cachorros e pulando amarelinha.
Faltam pessoas debatendo idéias, aproveitando a vida, o ar puro (nem mais tão puro assim) e o tempo livre. Aliás, que tempo livre?! As pessoas andam vendendo até as férias!
Com a idéia de casar mais tarde e ter filhos mais tarde pra aproveitar a vida, a turma não anda fazendo nem uma coisa nem outra.
O medo da mudança é tanta, que nem por segurança, muda o trajeto para o serviço.
Nessa onda de alta tecnologia, todo mundo quer mesmo é fazer as coisas com velocidade. Escrever um poema com um simples lápis se tornou uma atitude tão melancólica que nos remete aos exercícios de redação da infância. Dá até uma pontinha de saudosismo, no mesmo tom do Casimiro.
“Oh! que saudades que tenho
da aurora da minha vida
da minha infância querida
que os anos não trazem mais (...)” (Meus Oito Anos, Casimiro de Abreu)
Na velocidade da luz, hoje as pessoas literalmente voam pra chegar mais rápido. Aquelas viagens de carro com toda a família, com direito a paradinhas para um almoço caprichado na estrada, coca-cola (só podia nos finais de semana) e boas risadas, são tão raros como escrever com um lápis.
Nas ruas, as pessoas caminham depressa. Não passeiam. Também não tem mais aquela coisa interiorana de ir comprar pão na padaria e não ver a hora passar em uma conversa. O tempo urge! E é por isso mesmo que tudo a nossa volta anda prático, rápido e cheio de botões.
Nessa pelada da vida, todo mundo anda jogando igual perna de pau e o mais importante está ficando pra escanteio. Os amigos, a família, o cachorro, o gato e os vizinhos. O gol de placa só vem mesmo com a aposentadoria e até lá a gente vai matando o tempo, literalmente. Fica a eterna esperança de que nos 45 minutos do segundo tempo a gente resolva bater um bolão e dar ouvidos à Clarice.
“Mude,
Falta gente agindo como gente e não como máquina (isso me lembra aqueles atendentes que ligam em casa na hora do almoço).
Faltam crianças correndo nos parques, brincando com bolinhas de gude, carrinhos, cachorros e pulando amarelinha.
Faltam pessoas debatendo idéias, aproveitando a vida, o ar puro (nem mais tão puro assim) e o tempo livre. Aliás, que tempo livre?! As pessoas andam vendendo até as férias!
Com a idéia de casar mais tarde e ter filhos mais tarde pra aproveitar a vida, a turma não anda fazendo nem uma coisa nem outra.
O medo da mudança é tanta, que nem por segurança, muda o trajeto para o serviço.
Nessa onda de alta tecnologia, todo mundo quer mesmo é fazer as coisas com velocidade. Escrever um poema com um simples lápis se tornou uma atitude tão melancólica que nos remete aos exercícios de redação da infância. Dá até uma pontinha de saudosismo, no mesmo tom do Casimiro.
“Oh! que saudades que tenho
da aurora da minha vida
da minha infância querida
que os anos não trazem mais (...)” (Meus Oito Anos, Casimiro de Abreu)
Na velocidade da luz, hoje as pessoas literalmente voam pra chegar mais rápido. Aquelas viagens de carro com toda a família, com direito a paradinhas para um almoço caprichado na estrada, coca-cola (só podia nos finais de semana) e boas risadas, são tão raros como escrever com um lápis.
Nas ruas, as pessoas caminham depressa. Não passeiam. Também não tem mais aquela coisa interiorana de ir comprar pão na padaria e não ver a hora passar em uma conversa. O tempo urge! E é por isso mesmo que tudo a nossa volta anda prático, rápido e cheio de botões.
Nessa pelada da vida, todo mundo anda jogando igual perna de pau e o mais importante está ficando pra escanteio. Os amigos, a família, o cachorro, o gato e os vizinhos. O gol de placa só vem mesmo com a aposentadoria e até lá a gente vai matando o tempo, literalmente. Fica a eterna esperança de que nos 45 minutos do segundo tempo a gente resolva bater um bolão e dar ouvidos à Clarice.
“Mude,
mas comece devagar,
porque a direção é mais importanteque a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lugar da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
Procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,...” (Mude, Clarice Lispector)
2 comentários:
olá,em uma de minhas andanças pela "grande rede",me deparei com seu belíssimo blog e o seu maravilhoso conteúdo.e em especial a sua imagem acima,peço-lhe emprestado a tal imagem para ilustrar um poema meu em meu blog( http://desenhospoeisiascomportamento.blogspot.com/ ),o crédito da imagem será atribuído à vc.desde já agradeço.ah!!...estou á seguir você,ficaria honrado se me seguisse também.abraços.
olá,em uma de minhas andanças pela "grande rede",me deparei com seu belíssimo blog e o seu maravilhoso conteúdo.e em especial a sua imagem acima,peço-lhe emprestado a tal imagem para ilustrar um poema meu em meu blog( http://desenhospoeisiascomportamento.blogspot.com/ ),o crédito da imagem será atribuído à vc.desde já agradeço.ah!!...estou á seguir você,ficaria honrado se me seguisse também.abraços.
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